sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Espanhóis no Espírito Santo

Os espanhóis formam o terceiro grupo em número de imigrantes que entraram no Espírito Santo no Século XIX. As regiões da Andaluzia, Valência, Murcia e Extramadura contribuíram para o fornecimento de imigrantes.

Ainda no período colonial, em fins de 1813, um grupo de pelo menos 50 espanhóis, de um total de 222 imigrantes que seguiam para o Rio de Janeiro a bordo da embarcação Santo Agostinho Palafox, resolveram permanecer no Espírito Santo. O navio foi obrigado a baixar âncoras em Vitória, pois se encontrava avariado e faltava até mesmo água para os seus passageiros. Eram procedentes de Lançarote, uma das ilhas das Canárias. Ainda não foram localizadas listas dos nomes desses espanhóis. Cerca de uma dezena permaneceu nos arredores da capital. A maior parte foi destinada à povoação de Linhares, no Rio Doce, para trabalhar como agricultores na fazenda de João Fellipe du Pin Calmon.

No porto de Gibraltar embarcou a maioria dos passageiros espanhóis: 1.723, o que equivale a 80,7% do total. Outros embarcaram em Barcelona (5,5%), Málaga (4,6%), Alméria (4,5%). Em Gênova, na Itália, foram embarcados 4,4% do total de espanhóis para o Espírito Santo.

Ao todo foram 29 embarcações que transportaram imigrantes espanhóis, embarcados nos portos da Europa e no Rio de Janeiro. O Alacrità, que partiu do porto de Gibraltar em 16/07/1896 e chegou a Vitória no dia 9 de agosto, trazendo 640 colonos, foi o navio que mais imigrantes transportou em uma única viagem. O Rosário trouxe 439 em 05/07/1896 e o Las Palmas, 351 em 08/09/1896.